Reeleito com quase 86 mil votos, o prefeito Chico Sardelli será cobrado no segundo mandato (2025 a 2028) para que dê mais atenção ao esporte do que deu durante o primeiro (2021 a 2024). Os esportistas esperam que ele faça mais do que fez. Bem mais.
Foi nítido que o esporte não esteve entre as principais prioridades do chefe do Executivo, em que pese ele ter tido relação forte com a área, no passado, como fundador e presidente da Lafs (Liga Americanense de Futebol de Salão) e presidente do Rio Branco.
Chico optou mais pela política do esporte enquanto lazer e recreação, além de reformas e melhorias na estrutura física. O esporte de competição e alto rendimento praticamente inexistiu, tanto que as piores campanhas da história de Americana em Jogos Abertos do Interior e Jogos Regionais foram na gestão do prefeito reeleito.
Hoje, Americana não tem nenhuma modalidade coletiva, como basquete, vôlei, handebol e futsal, por exemplo, de tantas tradições e conquistas, disputando campeonatos de suas respectivas federações e confederações. No máximo, ligas regionais e basicamente “por amor” de técnicos e jogadores do que qualquer incentivo mais efetivo da administração.
Em federações com frequência ao longo de toda temporada, basicamente, apenas natação e bicicross, modalidades quem têm comissões de pais à frente e que buscam recursos financeiros por iniciativas e ações próprias.
Durante sua campanha no horário político, Chico Sardelli, mais de uma vez, citou que fará investimentos nos esportes de competição. Os esportistas ouviram.
Também é esperado que Chico incentive o esporte de categorias de base e Melhor Idade, e abra o leque na realização de campeonatos em nível local, não ficando restrito quase que totalmente ao futebol amador.
Jogos escolares, futsal adulto de 1ª e 2ª divisão, torneios e rankings de tênis no complexo do Centro Cívico, festivais de escolinhas, apenas para citar algumas opções, podem muito bem ser organizados pela estrutura de funcionários que existe na Secretaria de Esportes.
Secretário
Aliás, na gestão de Chico, foram três secretários: Grasiele Rezende, que começou com o prefeito e ficou até novembro de 2022, quando saiu após confusão na final do Gigantão da 1ª Divisão; Marcio Henrique Leal, sucessor de Grasiele, que ocupou o cargo até maio deste ano, saindo para ser o coordenador da campanha de Chico; e Pedro Peol, que entrou no lugar de Márcio e está no comando da pasta até agora.
Não se sabe quando Chico anunciará seu secretariado para o segundo mandato. Independentemente de nome, seja João ou José, Pedro ou Paulo, o secretário de Esporte tem que estar alinhado à filosofia do prefeito. Se quem está no gabinete da Avenida Brasil pensa de um jeito, pouco adianta quem está no gabinete no Centro Cívico pensar diferente.
É mais ou menos assim: manda quem pode, obedece quem tem juízo. Desta forma, cabe a Chico Sardelli definir o que e como ele quer o esporte da cidade onde nasceu e vive há 68 anos…